Nesses últimos dias temos visto e ouvido um evangelho que nos incentiva cada vez mais a estar em busca das plataformas , dos púlpitos dos elogios , dos reconhecimentos , dos louvores e de uma glória que não pertence a nós , mas ao nosso DEUS (Rm 11:36 ). Tenho visto que muitas vezes nós confundimos a nossa verdadeira motivação com nossos sentimentos , emoções , feridas e baixa-alta-estima , então o nosso orgulho entra em cena . Talvez, por isso, em alguns momentos da nossa vida nos parecemos mais com os escribas e fariseus do que com o nosso mestre Jesus . Nesse texto ele nos alerta a não imitá-los em suas obras.
Mais , quais são as suas obras ? Em que nos assemelhamos a eles? Será que praticamos as mesmas obras? Enfim. Vejamos , aqui algumas de suas obras :
1-Não praticavam o que pregavam (v.3). Eles tinham a prática diferente do seu discurso, diferente da sua pregação.
Será que nós praticamos o que pregamos? Será que quando declaramos em nossas pregações: Não peque! Estamos sendo os primeiros a observar isso? Ou quando saímos do púlpito, levamos uma vida que não condiz com aquilo que pregamos? levamos uma vida mergulhada no pecado?
No nosso dia-dia , quando cobiçamos , invejamos , falamos mal um dos outros, quando fingimos ser o que não somos, será que não estamos sendo como os escribas e fariseus.
2-dificultavam a prática da lei (v.4). Eles colocavam um fardo muito maior do que as pessoas podiam carregar. Fardo esse que nem mesmo eles carregavam. Será que nós também não dificultamos a prática da palavra de Deus? Será que nós não exigimos das pessoas coisas que nem nós mesmos podemos dar? Como dificultamos, tantas vezes, a prática do evangelho , criando regras e doutrinas até mesmo anti-biblícas que nem a liderança consegue cumprir.
3-Queriam as primazias nas sinagogas (v.6-5). Gostavam de aparecer, de estar em evidência.
Será que não estamos sempre querendo o lugar mais visto da nossa igreja: O púlpito? Para que as pessoas nos admirem, assim como os escribas e fariseus. Estamos querendo os primeiros lugares em tudo, em cantar melhor que a nossa irmã, em pregar melhor, em orar mais alto e com mais “poder”... Exercer chamado hoje virou uma competição de quem faz “melhor”, o congresso mais poderoso, o aniversário do ministério mais badalado, etc. Queremos fazer o melhor não para Deus, mas para nós mesmos, para recebermos elogios e reconhecimentos , para sermos os primeiros e não porque ELE É O PRIMEIRO . Está no púlpito hoje é sinônimo de “status”, de autoridade e de poder, o que era pra ser sinônimo de serviço e renuncia.
4-procuravam honra e glória (v.7-10). Gostavam de serem aclamados, reconhecidos como “vasos de Deus”.
Queriam receber honra e glória por serem líderes religiosos, por ocuparem um cargo importante . Muitos estão sempre esperando ser lisonjeados pelas pessoas, por causa do cargo que ocupam , como se o título de liderança nos desse algum privilégio (como ele diz no verso 11 “Mas o maior dentre vós seja o que vos serve”). O cargo que ocupamos é simplesmente para servirmos a Deus e aos nossos irmãos, se á algum privilégio á alguma coisa errada . Queridos até o dom que Deus te deu é para o serviço do seu reino , como diz o texto lá em Jr.9:24 ,’’ Mas o que se gloriar , glorie-se nisto : em me conhecer e saber que eu sou o Senhor...”.
Espero que toda essa semelhança seja mera coincidência, e que possamos rever nossos conceitos e valores , e principalmente a nossa motivação . Que essa verdadeira motivação sempre nos mova em tudo que formos fazer, não deixe seus sentimentos apagar a correta motivação, e jamais deixe o seu orgulho entrar em cena, pois nós nascemos para a glória de Deus . Deixe a luz de Cristo que está em você brilhar, e toda a glória será dada a Deus. Sejamos pois semelhantes a Jesus em tudo , inclusive no exercer o chamado. Que um dia nós possamos dizer a Deus o que Jesus falou :”Eu te glorifiquei na terra , consumando a obra que me confiaste a fazer’’. (Jo 17:4)
No amor do pai,
Rose Correia.
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