sábado, 26 de fevereiro de 2011

para glória de quem?

Às vezes estamos tão envolvidos com nossas atividades na igreja que não nos damos conta de como estamos sendo religiosos no serviço a Deus. Parece que não importa para glória de quem fazemos, parece que não importa para quem fazemos, queremos apenas cumprir nossa “obrigação”. E qual é o fim disso? Cansaço, fadiga, desmotivação...


Quando o cumprimento de nosso chamado, quando o serviço no ministério, se torna apenas a realização de uma obrigação é sinal que perdemos o foco. Já não lembramos para quem estamos trabalhando, já não lembramos para glória de quem nós servimos.



Qualquer serviço, qualquer atividade que desenvolvamos no reino de Deus será frustrante se esperarmos apenas reconhecimento dos homens, aprovação das pessoas, realização pessoal.



Essas duas perguntas teremos sempre que fazer a nós mesmos: Para glória de quem estou fazendo? Para quem estou trabalhando? Se a resposta for: Deus. Todo esforço, toda dedicação, toda renuncia valerá apena. Por quê? Porque Ele é digno. Digno de qualquer coisa que possamos fazer para agradá-lo, digno de qualquer sacrifício.



Para glória de quem cantamos, pregamos, evangelizamos? Para quem realizamos nossas tarefas eclesiásticas?



O que vemos hoje é um monte de gente fingindo que faz as coisas para glória de Deus, mas, na verdade, fazem para sua própria glória. Fazem para receberem elogios, aplausos, fazem para dar relatórios dos seus feitos, para serem reconhecidos como “espirituais”.



No verdadeiro evangelho, convém que Ele cresça e que nós diminuamos.



Se estamos pensando em parar na obra, que seja para glória dEle. Se estamos pensando em prosseguir, que seja para glória dEle, se fazemos ou deixamos de fazer, que seja para glória dEle...



É tempo de voltarmos à simplicidade, é tempo de redescobrir o prazer de simplesmente servir a Deus. O prazer de fazer as coisas para glória dEle. Não tenho dúvidas de que se fizermos essa reflexão mudaremos de vida, mudaremos de perspectiva.



“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus.” I Co. 10:31



No amor do Pai,

Marcos Paulo Correia.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E Deus criou a música...

A música faz parte da criação de Deus. E acerca de tudo o que Deus fez, ele mesmo verificou que era bom. portanto, a música tem um lugar especial para o cumprimento dos planos de Deus que já traçou. A música, criação de Deus, carrega seu propósito, sua intenção.

Na Palavra de Deus temos vários textos que ilustram o uso da música através dos tempos. Em Êxodo 15, Moisés canta a Deus por ocasião da libertação experimentada pelos israelitas: "Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente...". Débora e Baraque também cantaram quando os filhos de Israel venceram o rei de Canaã (Juizes 5).

Davi, sem dúvida, foi a pessoa que melhor assimilou o sentido da música em sua relação com Deus. Como rei, ele insistiu turnos de cantores e também contribuiu com boa parte dos Salmos, o hinário do povo judeu: escreveu 73 dos 150 totalizados na Bíblia.

Com música, Zacarias, pai de João Batista, profetizou o surgimento da "Salvação poderosa na casa de Davi..."- (Lucas 1:67-69).

A Bíblia nos leva a admitir, como bem disse Johan Sebastian Bach, um dos maiores músicos que a humanidade já conheceu: que "a música tem por finalidade glorificar a Deus e cumprir seus propósitos" (citação livre de J.S.Bach).

Deus tinha um propósito a cumprir para Israel: enviar aquele que ia salvar "...o seu povo dos pecados"- Mateus 1:21. Tanto davi como Zacarias profetizaram esse evento glorioso. E isso através da música!

Davi afirmou:"...E me pôs nos lábios um novo cântico, um novo hino de louvor ao nosso Deus..."-Salmos 40:1-3. Isso logo após experimentar o livramento de Deus. Em Efésios 1:9-10, lemos:" Desvendando-nos o ministério da Sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir Nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra". Na Sua morte, Cristo reconciliou com Deus todas as coisas. É Deus, na sua graça, que coloca em nossos lábios uma nova música que expressa a melhor experiência que alguém pode ter: a nova vida em Cristo. Desta forma, como no princípio, o nome de Deus é homenagiado por pessoas que agora, em Cristo, são novas criaturas (II Coríntios 5:17). Tudo é novo nessas pessoas, inclusive a música:

" Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas; eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura não o percebereis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo. Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios nos ermos, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor".- Isaías 43:18-21


Deus os abençoe
Adhemar de Campos
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adhemardecampos@adhemardecampos.com.br

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A simplicidade do culto a Deus. Por Asaph Borba.

Hoje quero falar sobre a simplicidade no culto a Deus. Se olharmos a vida de Jesus e dos discípulos, vamos descobrir o princípio da simplicidade na vida da igreja primitiva.

Da mesma maneira que a sociedade moderna tem instalado a ansiedade na vida da igreja, também tem tirado a simplicidade do culto a Deus. Onde quer que um vá sente a sensação de que precisa uma estrutura para dar culto a Deus. Certa vez um irmão veio e me disse: "Asaph, a adoração em nossa igreja não é boa porque não temos um piano, nem pianista, de modo que a adoração não é adequada". Este foi o termo que ele utilizou. Outros dizem: "não flui porque não temos equipamento de som", ou "precisamos este ou aquele aparelho para que a adoração flua".

Eu vejo que isto acontece porque a.igreja não conhece o que é o verdadeiro culto a Deus. Neste século temos perdido como igreja a capacidade de compreender que o culto a Deus é simples. Que foi exercido por Jesus e os apóstolos de uma forma profunda e simples, sem piano, sem violão, sem microfone.

Na história da igreja vamos encontrar este princípio como base de benção, e do fluir do Espírito no culto a Deus. Eu fui um dos que, no princípio do ministério, não podia entender o fluir no Espírito sem música, sem violão, sem estruturas; mas o Senhor tem me ensinado que o lugar da habitação de Deus e o verdadeiro culto a Deus é nosso coração, e que tudo o que fazemos na igreja e no culto a Deus tem que ter base em nossa vida.

Se estivermos esperando o fluir do Espírito por coisas externas nunca vamos chegar ao que quer o Senhor. Nunca vamos chegar as profundezas do conhecimento de Deus, a profundidade da presença verdadeira, genuína de Deus na vida da igreja, porque sempre estaremos dependendo de algo externo.

Eu me lembro de uma vez que estava em Brasília, pois me haviam convidado para dirigir o louvor em um grande estádio. Haviam usado muito dinheiro na estrutura do encontro, com som de primeira, palestrante de primeira, etc. Havia vindo ônibus de todas as partes e o prédio estava repleto. Tudo estava pronto para começar, e às 6 da tarde o céu se fechou. Brasília é um lugar seco, mas a gente não sabe que ali acontecem os maiores temporais do Brasil. E começo ali mesmo um destes temporais. Às 7h não havia gente, às 7h30min chovia e a água entrava por todos os lados do estádio, porque não havia lugar onde refugiar-se.

Minha filha Aurora era pequena e eu tive que tirar um plástico do piano para colocar sobre o seu corpo. Chovia, a luz acabou, o palestrante chegou, estava tudo pronto, mas os instrumentos estavam todos molhados, e não havia nada que se pudesse fazer.

Às 8h30min me pus em frente do povo em total escuridão, pedi silêncio e Ihes disse: "irmãos Deus quer ensinar-nos algo hoje", e começamos a louvar ao Senhor somente com as vozes. O tempo foi passando e passando, não havia líder de louvor, não havia nenhum tipo de direção, mas a presença do Espírito Santo foi tão forte, que eu registrei na minha vida aquela reunião como uma das referências da presença de Deus no meio da igreja.

Meu violão estava quieto e molhado, os pianos em silêncio e molhados, tudo parado, sem luz, sem nada, o Senhor me disse: "Asaph, assim quero este meu culto, algo genuíno, verdadeiro, brotando e fluindo da vida de cada irmão, com toda força de seu coração, não motivado por coisas externas, sim fluindo do interior.”

Quando a igreja do Senhor se reúne temos que ter o foco correto do culto a Deus. Primeiramente temos que levar em conta que o culto a Deus é individual, e logo se transforma em algo corporativo, mas primeiramente é individual. Não gosto da expressão "este culto não foi bom", ou "este culto não fluiu", ou "que culto mal", não gosto disso porque demonstra que meu culto a Deus é assim.

Aos que fazem este tipo de comentário tenho ensinado que o culto a Deus é algo que brota do seu coração, e que o fato de que o culto dele tenha sido ruim, porque seu coração deu um culto ruim. Quando estas coisas acontecem é muito fácil para nós, adotar uma postura tradicional e depender da maneira em que sempre se fizeram as coisas para faze-Ias hoje.

Mesmo na renovação precisamos constantemente renovação na expressão do culto a Deus. Quando nos reunimos, que fazemos para dar culto a Deus? É fácil nos acostumarmos as tradições do culto.

Por exemplo: sempre se começa o culto cantando, é assim, porque na última reunião foi assim, e um mês atrás também foi assim, e há dois anos atrás também. Quem é responsável? Asaph, Hugo Baravalle. Sempre os primeiros quarenta e cinco minutos da reunião são de nossa total responsabilidade, por que? Porque fazemos isto há mais de vinte anos, mas o culto a Deus tem que ser mais que isto.

Creio irmãos, que a grande revolução da igreja hoje tem a ver com o culto a Deus. Deus quer restaurar o culto da igreja com um entendimento claro de que o culto a Deus é responsabilidade de cada um de nós. Por isso não há nenhuma fórmula apostólica de como deve ser a reunião da igreja. Graças a Deus! Imaginem se houvesse uma ordem de culto na Bíblia, mas pela graça de Deus não foi deixado uma ordem de culto por escrito. Os católicos fizeram, 1.400 anos atrás, o cânone que foi trocado um pouquinho, mas basicamente é o mesmo. Mas Deus quer que nós, a igreja em restauração, não cometamos o mesmo erro de nos deter-mos em uma ordem rígida de culto. Deus quer trocar nosso culto, nossas reuniões, começando pelo culto individual da cada um de nós.

Porque quando a igreja está cheia não há nenhuma dificuldade, não necessitamos ter temor de que algo não funcione, porque cada um tem salmos, hinos e cânticos espirituais. Isto mostra uma dinâmica simplicidade na vida da igreja que nós temos que aprender. É uma dinâmica que não depende de uma pessoa que tem a carga ou a responsabilidade, senão que está em total dependência do Espírito Santo.

Quando nos reunimos, cada um de nós tem a responsabilidade do culto a Deus, não pensemos "fulano vai presidir e não tenho nada para dar, eu vou receber". Muita gente está acostumada a

vir à reunião por anos, por décadas, sentar-se em uma cadeira sem compartilhar nunca nada com ninguém, sem abençoar ninguém, sem trazer uma palavra do Senhor para alguém, sem cantar jamais um cântico espiritual, sem dar uma palavra profética. A maioria das pessoas na igreja esta nestas condições, e estamos promovendo uma nova casta de ministros. Na restauração da igreja existem novos títulos, como "diretor de louvor".

Eu não sou um diretor de louvor porque o ministério de louvor é de todo o corpo do Senhor. Existe gente que Deus chama para esta tarefa, não vamos tirar os irmãos que estão fazendo este serviço, mas não é um título, é uma função no corpo, o que Deus quer ensinar-nos é que toda a igreja participe do culto a Deus. Primeiramente temos que entender quem se reúne quando nos reunimos.

O Senhor Jesus disse em Mateus 18: 20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" Quando o corpo de Deus está reunido, ali está o Senhor”.

Os que ministram tem que ter este entendimento, não necessitamos de grandes multidões para aprender a valorizar uma reunião. Temos que aprender que o valor da igreja do Senhor é o mesmo independente do número de pessoas que estão reunidas. Soube de alguns que somente vão ministrar quando existe um número de pessoas superior à 200/300. Temos que tirar isto do meio da igreja e aprender a valorizar.

Se você tem em sua congregação vinte pessoas, saiba que esta é a igreja do Senhor. Se você foi chamado pelo Senhor para ministrar em seu grupo caseiro, seja você mesmo, não importa se tem outra responsabilidade com toda a igreja, mas aprenda a valorizar o corpo de Cristo.

Para que se reúne a igreja?

Primeiramente para adorar ao Senhor, sempre temos que ter em nossa mente que uma das principais diretrizes para estar-mos reunidos, é a adoração. E há muitas formas de adoração. Temos que desenvolvermos como igreja na adoração, em cânticos, palavras, salmos e hinos espirituais. Estas são as bases da vida de adoração da igreja às que sempre temos que voltar, porque a sofisticação nos afasta da simplicidade da vida de adoração.

Para que nos reunimos? Para adorar ao Senhor. Adorar significa prostrar-se na presença do Senhor, estar diante dEle com nossas vidas rendidas, entregues completamente. Reunimos-nos para adorar, nos reunimos para expressar a múltipla sabedoria de Deus através do corpo, para fluir nos dons do Espírito.

Eu creio que a igreja do Senhor tem que ser rica nos dons, na música, na profecia, no cantar ao Senhor, bendizer seu nome, estar sempre prontos para abrir nossas vozes na presença do Senhor para manifestar sua glória, seu poder.

Devemos tirar de nossas vidas toda comodidade e dizer ao Senhor: "Ei-me aqui, estou disponível para ser usado por ti, em toda plenitude de teu Espírito”. Cada um compartilhando o que tem. É muito fácil vir a dar culto ao Senhor para ouvir a alguém, mas é mais difícil ouvir nós mesmos a Deus. Por isso na reunião há muita gente sentada, parada, que não participa de nada, não fala, não canta, não compartilha: porque não ouve a Deus. Muitas vezes a culpa é nossa, dos pastores, da liderança, porque não damos oportunidade nem tão pouco uma direção ensinando a igreja a ouvir a Deus.

Para compartilhar temos que ouvir ao Senhor, Se você quer ter uma benção para o Senhor em suas mãos, tem que aprender a ouvir o Senhor, para isto tem que ter tempo na presença de Deus. Tens que ficar sozinho com o Senhor, tens que valorizar teus momentos de comunhão para que

Ele possa falar ao teu coração, a teus ouvidos, a teu espírito. Ouve a voz de Deus em teu coração, não somente o que os outros tem a dizer, e sim o que o Senhor quer comunicar ao teu coração, assim poderás compartilhar.

Nos reunimos para proclamar a palavra de Deus, e nos reunimos para ter comunhão uns com os outros, mas sempre como corpo de Cristo

Como deve reunir-se a igreja?

Primeiramente com reverencia ao Senhor, eu não quero dizer que seja um desses lugares em que está escrito: "silêncio, esta é a casa de Deus", mas o culto a Deus tem que ser reverente. Reverencia não é medo, não é silêncio, reverencia é uma atitude de temor com base no amor ao Senhor. Reverencia ao Senhor é saber que Ele é Deus e está em nossos corações, pelo que nosso culto não deve parar nunca.

De modo que quando nos reunimos deve haver reverencia, mas como é uma reunião do corpo de Cristo também deve haver alegria, como fruto da gratidão em nosso coração. É o único lugar neste mundo onde esta a verdadeira alegria.

Eu me lembro quando o Senhor me chamou para ministrar em tempo integral, eu era engenheiro de som em uma grande companhia de televisão em Porto Alegre. Era o supervisor geral do som, técnico de sistemas e fazia som para o show da Xuxa, que vinha à Porto Alegre. Neste encontro havia mais de 100.000 crianças, eu estava no centro do estádio, escutando todos aqueles gritos histéricos em torno da Xuxa, eu estava bem perto dela, com o controle remoto de todo o som. Então escutei como se todo o som tivesse parado, que o Espírito me dizia: "Asaph, escuta esta alegria, é toda falsa. Escuta a alegria que esta moça transmite, é falsa, eu quero que tu leves a verdadeira alegria".

Em dois dias eu havia apresentado minha carta de demissão na emissora de televisão, porque eu tinha que levar a verdadeira alegria. E, irmãos, quando a igreja se reúne, têm que ser forte na alegria. A reunião do grupo caseiro tem que ser forte de alegria, todos os eventos da igreja têm que estar plenos de alegria.

Quando nos reunimos com um coração cheio de cânticos, de alegria, de exaltação, de ação de graças, o culto a Deus sai da monotonia, sai totalmente do tradicionalismo, porque quando nos reunimos esta na expressão da gente que ama e agrada a Deus.

Efésios 5: 19 "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" Quando estamos juntos, há salmos? há cânticos? ou somente música. Temos que aprender a valorizar aos que não são músicos, aos que cantam com gemidos indecifráveis.

Certa vez em Porto Alegre, gravamos um disco. E o desafio do Senhor em meu coração foi o de gravar um disco ao vivo com tudo o que acontece na reunião. Ensaiamos e ensaiamos.

Eu planejei muitas coisas, mas o Espírito trocou tudo. Começou mudando a data, depois no meio alguns irmãos começaram a entoar cânticos espirituais. Geralmente os cânticos espirituais não são cantados pelos mais afinados, o Senhor me disse para deixar assim em meu disco, e eu tive fé para deixar. Espero que você ouvindo o disco seja abençoado, porque eu fui profundamente edificado, ouvindo o que o Espírito gerou. Foi a primeira vez que fizemos algo ao vivo, se chama "igreja viva".

Deus não escuta como nós ouvimos a voz de alguém afinado ou desafinado, Deus ouve o coração. Deus escuta teu coração, não tenhas nenhum medo de compartilhar o que o Senhor há posto, porque Ele já ouviu. Eu tenho certeza de que quando você liberar o que Deus já está escutando dentro de ti é uma benção para alguém. Aprende a levantar tua voz em adoração ao Senhor, deixa o Espírito Santo tirar as amarras do coração, e da tua boca para aprenderes a cantar.

Certa vez eu fui a uma igreja (nunca vi algo igual) quando começaram os cânticos espirituais, se formou uma fila de gente para cantar em frente ao microfone e o pastor teve que encerrar porque havia muita gente com cântico para entoar.

Às vezes e em Porto Alegre acontece, temos que empurrar alguns para que cantem, temos que chamá-Ios, discipliná-Ios para que aprendam a fluir.

Ministra ao Senhor. Abre tua boca e que saia toda a timidez. Há gente que sempre esta pronta para bendizer ao Senhor, para cantar, para engrandecer seu nome com toda liberdade. Na reunião da igreja tem que haver liberdade, que nos foi dada pelo Espírito, liberdade não quer dizer desordem, liberdade balanceada pela ordem, pela submissão, pelo amor, pela honra uns aos outros. Sempre a liberdade é limitada pelo amor, e principalmente no culto a Deus quando estamos juntos, nunca a liberdade vai ser exagerada porque vai estar limitada pelo amor.

Temos que ter liberdade para ministrar, para sair, ir, compartilhar, abençoar, abraçar, beijar no nome do Senhor aos irmãos, para que o culto a Deus esteja cheio da simplicidade do Espírito em nossas vidas.

Deus abençoe
Asaph Borba
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lifecd@voyager.com.br

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Idolatria Gospel: Um show de horrores.

Qualquer cristão que tem o mínimo de conhecimento bíblico entende que Deus odeia a idolatria. Em 1 Coríntios 6:9 Deus alerta que os idólatras não herdarão o Reino dos céus. Em outra parte das escrituras lemos: “Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:3). Podemos ficar horas e horas citando trechos bíblicos acerca da mesma verdade: Deus quer estar em primeiro lugar de nossas vidas. Aqueles que querem ser verdadeiros adoradores deverão ter olhos para um só Deus. Isto é uma verdade inquestionável. Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”. (Filipenses 3:17). Precisamos ter líderes que nos dirijam, que nos abençoem, que nos ajudem a chegar aos níveis já alcançados por eles, que nos dêem um norte em Deus. Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...” (2 Coríntios 6:3). Um erro grandioso que a Igreja de hoje tem cometido e sofrido sérias conseqüências é o pecado da idolatria. E fazemos isso dando uma série de boas desculpas esfarrapadas. Por exemplo, quando quero idolatrar meu cantor gospel preferido, exaltando-o sobre as alturas, falo às pessoas que ele é um grande homem de Deus, um referencial para mim. Aí faço desta pessoa meu ídolo, tendo em casa um altar para ele, com todos os seus CDS e livros, com todos os seus artigos escritos, com uma foto autografada, uma camisa do fã-clube e outros apetrechos que farão parte do meu devocional a este ídolo. Assim a pessoa acaba se tornando um idólatra, tornado seu próprio irmão na fé num deus. Atenção: Adorar também significa “devotar a vida”. Não há outras palavras para se dizer uma verdade dura que já está sendo ecoada no Brasil: a Igreja brasileira fez de seus referenciais grandes ídolos como o bezerro de ouro erguido pelo povo de Israel no deserto (Êxodo 32:4). Isto nós fizemos e por isso estamos pagando um preço tão caro. A Lei da Semeadura está valendo ainda hoje. A Igreja plantou idolatria, vai colher coisa ruim, maldição, destruição. Disto não duvidamos. A Idolatria Evangélica Gospel Brasileira permitiu este show de horrores: - Ídolos gospel que não “ministram” por menos de 15, 20, 30 mil reais. - Ídolos gospel que decidiram por loucura própria fazer uma lista de exigências que nem Jesus, Paulo ou João fizeram quando exerciam seu ministério: hotéis 5 estrelas, frutas tropicais, água mineral de marcas específicas, dezenas de seguranças, carro blindado... e outras coisas que não vou pôr aqui pois não vão acreditar em mim. - Ídolos gospel que são indiferentes e preconceituosos com certas cidades, regiões, raças, e condição espiritual. Por exemplo: tem gente que não “ministra” em certos lugares porque há muita frieza espiritual, eles só querem “ministrar” em lugares que já estão “avivados”. - Ídolos gospel que se isolam da liderança espiritual de sua igreja para não precisar responder a ninguém sobre seus trambiques e pecados. Aparentemente chegaram num nível tão alto que não precisam mais de pastor e de igreja para acompanhá-los, agora podem caminhar sozinhos. Por isso temos visto tanto insubmissão e rebeldia em “ministério grande”. Quem é o responsável por este show de horrores? Quem é o culpado? Penso que o culpado somos todos nós que fazemos parte da igreja pois temos alimentado nossos ídolos. Damos a eles o que eles pedem, e é por isso que as exigências aumentam a cada dia. Enquanto pagamos 25 mil reais pra um irmão cantar num evento, deixamos missionários morrerem de fome aqui no Brasil e lá fora. E ainda dizemos: se o missionário passa fome é porque está em desobediência. Quanta hipocrisia! A coisa está tão feia que ninguém pode denunciar os pecados da igreja. Se alguém se levanta contra essa pouca vergonha dos absurdos cachês e exigências, dos pecados escondidos, da rebeldia contra os pastores, da idolatria escrachada, da tietagem é rapidamente apedrejado pelos idólatras daquele determinado “deus gospel”. É igualzinho no Velho Testamento: “não desrespeite o meu deus que eu não desrespeito o seu”. Meus irmãos não me entendam mal. Não me interpretem mal. Estou aqui tecendo pesadas críticas contra a idolatria. Estou denunciando o pecado, não o pecador! É disso que tenho nojo, e é contra este terrível pecado que temos que lutar. Se a Igreja não acordar colherá frutos tenebrosos. Se sabemos da existência de um Deus verdadeiro, se conhecemos o seu amor, e o trocamos deliberadamente por outros deuses, vamos pagar caro por isso. Aliás, já estamos pagando caro por isso! Deixe-me fazer algumas perguntas que atualmente tem feito meu coração doer: - Quanto Jesus cobrou para exercer seu ministério e morrer na cruz por nós? Qual foi o cachê que Paulo cobrou para ser aprisionado junto com Silas nas piores prisões da época? Quais foram as exigências de nossos irmãos que morreram recentemente na China por não negarem o Evangelho? Quanta glória Jesus quis tomar para si quanto o chamaram de bom mestre? Quantas viagens Paulo negou por não atenderem suas exigências? Precisamos urgentemente de referenciais que apontem para Deus. Precisamos de mártires. Precisamos de humildade, simplicidade e pureza de espírito. Precisamos nos arrepender. Precisamos saber que “...o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21) Quanto aos ídolos de ouro que levantamos... não precisamos deles! "Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes". (Gênesis 35:2)


Um abração em Cristo Jesus,
Ramon Tessmann

http://www.ramontessmann.com.br ramon@vidanovamusic.com

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Jesus quer ouvir uma canção.

Jesus quer ouvir uma canção. Mais que uma canção, na verdade. Ele quer ouvir sons e palavras vindos de um coração quebrantado e sincero. Jesus quer ouvir uma canção de amor para Ele mesmo.

Não simplesmente uma canção bem cantada por bons cantores de vozes atrativas, ou tocada por bons músicos, que tenham boa técnica e renome.

Chega de cantar e tocar para homens, e fazer da ministração do louvor um culto ao entretenimento. Chega de querer chamar a atenção da Noiva(Igreja), desviando-a dos olhos daquele que morreu e a si mesmo se entregou por Ela. Chega de fazer da adoração um instrumento de comércio, de autopromoção e de louvor a si próprio. Não queira "adorar" para que os homens vejam sua capacidade vocal, instrumental ou sintam algum tipo de emoção barata que os faça "dançar", gritar ou pular pela manipulação de um apresentador de show evangélico ( que se diz ministro ungido de Deus ), que tendo consciência ou não, quer mais atenção para si próprio do que para Deus que é o dono do culto.

Jesus quer ouvir uma canção de amor para Ele mesmo! Uma canção que toque em seu coração. Uma canção que o faça voltar o Seu rosto e procurar quem a está cantando. Canção que de tão intensa atraia a Sua presença, fazendo o descer do Seu trono e vir, manifesto sobre o Seu povo. Jesus anseia por ouvir de Sua Noiva ( a Igreja ) uma canção. Uma canção que o exalte, que chame a Sua presença. Canção que gere no coração da Noiva, cada vez mais desejo por Sua presença. Anseio por Seu abraço, Seu beijo.

Jesus quer ouvir, e tem gerado pelo Espírito Santo esta canção no coração da Sua noiva. Canção misturada a lágrimas, anseio, desespero, e risos. Esta canção tem brotado de corações que se apaixonam por Jesus e que amam Sua presença. Jesus não quer ouvir uma canção feita para homens, mas uma que o Espírito Santo faz nascer pelo amor, pela paixão da Noiva e do Noivo, um pelo outro. Jesus quer me ouvir dizer que eu O quero, que eu O amo, que eu O desejo, que eu anseio por Ele, que eu não posso viver sem a presença d´Ele, que eu preciso d´Ele!

O Espírito Santo clama nesses dias. Não toque para mais ninguém! Cante e toque ao Senhor a canção que Ele quer ouvir!



Deus abençoe
Nívea Soares
http://www.niveasorares.com
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tirando as máscaras para viver o milagre.

E eis que chegou um homem de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa; Porque tinha uma filha única, quase de doze anos, que estava à morte. E indo ele, apertava-o a multidão.
Estando ele ainda falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta, não incomodes o Mestre.
Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva.
E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai e a mãe da menina.
E todos choravam, e a pranteavam; e ele disse: Não choreis; não está morta, mas dorme.
E riam-se dele, sabendo que estava morta.
Mas ele, pondo-os todos fora, e pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina.
E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe dessem de comer.
E seus pais ficaram maravilhados; e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia sucedido. Lc.8:41,42 e 49-52

Este texto apresenta Jairo, chefe da sinagoga, homem culto, poderoso e com muitos títulos. Jairo era um profissional inteligente, famoso, admirado, rico.
Aparentemente tinha tudo que um homem precisa para ser feliz. Qualquer um que olhasse Jairo andando na rua pensaria que ele era muito feliz. Roupas finas, uma casa no melhor bairro da cidade, um bom emprego, carro do ano, uma empresa próspera, boa família, respeito, consideração, nome.
Jairo era um protótipo do homem de sucesso. Mas Jairo não era feliz, havia algo que o incomodava e machucava seu coração.
Nossa sociedade nos ensinou a esconder nossos verdadeiros sentimentos. Podemos está vivendo um drama terrível, mas não temos coragem de contá-lo a ninguém. Por trás de uma vida aparentemente feliz, Jairo trazia um problema, uma filha enferma. Como tinha dinheiro havia procurado os melhores médicos, os melhores especialistas. Menos a Deus. Os que procuravam Jesus eram, em sua grande maioria, pobres.
Nossa sociedade nos ensinou a usar máscaras de dureza e insensibilidade. Queremos mostrar que somos fortes para que ninguém nos machuque. Por que somos assim? Pedimos ajuda a Deus, nos ajoelhamos diante dele, mas queremos que Ele faça tudo da nossa maneira, e não da maneira Dele.
Jesus foi com Jairo, imagino que Jairo estava com pressa, mas Jesus não parecia ter pressa. Enquanto andava, atendia as necessidades dos que encontrava no caminho. Talvez Jairo teve vontade de dizer: ‘’Senhor tu não entendes meu problema? Todas essas pessoas podem esperar, mas minha filha está morrendo.’’
Jesus entendia Jairo, não há nada que você passe em sua vida que Jesus não compreenda. Jesus conhece teu problema. Quando ele demora a responder sua oração, ele está querendo ensinar alguma outra lição. Jairo tinha que aprender que o homem não pode dirigir a Deus. Tinha de aprender que o homem tem que colocar a sua vida nas mãos de Deus e ser dirigido por Ele.
Quando Jairo recebeu a notícia sua filha já tinha morrido. Eu imagino que Jairo pensou ser muito tarde, que não precisava mais de Jesus. No início Jairo que estava tomando a mão de Jesus, a partir daquele momento, foi Jesus quem tomou Jairo pela mão e o levou por onde Ele quis.
Jesus entrou na casa de um homem que estava vivendo de aparências, mas que ao ouvir falar de Jesus, resolveu tirar as máscaras e títulos, que talvez lhe sufocassem, e decidiu gritar por socorro. E no momento mais crítico, Jesus realizou um grande milagre de ressurreição e vida, restaurando por completo aquela família.
Não tenha receio em clamar por Deus nos momentos de dificuldades, não finja que está tudo bem. Saiba reconhecer quando as coisas saírem do seu controle. E nunca, absolutamente nunca duvide do cuidado de Deus por você. Mesmo quando as coisas não acontecerem no tempo que você queria, mesmo quando a resposta for não. Lembre-se: “Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus”. Tire sua mascara, abra seu coração, quem sabe não viverá um milagre em sua vida.

Por

Vanessa Rodrigues (vocal do Ministério Geração de Davi)
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vida de louvor. Parte II

A palavra "adoração", no Velho Testamento, é 'ãbad, que significa fazer (ou ser feito), criar (ou ser criado), executar (ou ser executado). Possui alguns termos derivados, mas no que se refere à vida de louvor, vemos que o sentido básico desta raiz se refere ao cumprimento de um dever ou atividade. Em Esdras 6.7 todo o povo foi conclamado a "fazer". Entende-se isso por "obedecer". Fazer a lei de Deus está intimamente associado à idéia de "adoração", à qual, conforme entendida no pensamento judaico, era "serviço" ou "escravidão" a Deus. Aliás, esta idéia continuou de pé até a época do NT, conforme claramente se vê nas inúmeras vezes em que Paulo se refere a si mesmo como o "escravo" ou "servo" de Jesus Cristo.
Há também o termo pelah, que significa servir, adorar, reverenciar, ministrar. Este termo diz respeito ao serviço religioso e aparece em Daniel 3.17, trazendo a determinação dos amigos de Daniel em não servir – ou não adorar – a outros deuses. Para eles, a idolatria era algo tão errado que não adorariam nem serviriam a um deus falso, mesmo que Deus decidisse operar um milagre especial (como fez tantas vezes no passado). Eles não aceitaram cometer idolatria nem mesmo para salvar suas próprias vidas.

O emprego mais curioso da raiz tem a ver com o nome de um dos companheiros de Daniel. Esses 4 jovens foram para o cativeiro babilônico tendo nomes claramente hebraicos, cada um deles com sentido simbólico relacionado à adoração de Iavé, o Deus de Israel. Hananias e Azarias são nomes que contém a forma abreviada do nome Iavé e significam, respectivamente, “Yah tem sido gracioso” e “Yah tem nos ajudado”. Seus captores babilônicos, porém, rapidamente alteraram seus nomes hebraicos (ou “iavísticos”) para nomes babilônicos – em especial, o novo nome dado a Azarias, “Abede-Nego”, tem um significado muito claro, parecendo uma dissimulação de “Abede-Nebo”, ou “escravo de Nabu”, deus babilônio da sabedoria. Era uma forma de humilhação no cativeiro, que simbolizava a vergonha de ter o seu nome verdadeiro trocado.

Um aspecto importante do livro de Daniel é mostrar que Iavé ainda está no controle da história, a despeito do seu povo estar exilado e parecendo derrotado. Para confirmar isso, o clímax do livro está no relato do episódio na fornalha de fogo ardente, em que a mensagem objetiva é demonstrar a fidelidade de Daniel e seus companheiros em adorar somente a Iavé. Nenhum deus babilônio merece a adoração ou devoção do povo de Deus. Assim sendo, embora aqueles tivessem mudado o nome de Azarias para Abede-Nego, sua fé permaneceu firmada unicamente em Iavé.

Existe ainda um outro termo para estudarmos, que é ’ãtar (orar, suplicar), com o derivado ’ãtãr (suplicante, adorador). Este termo tem o sentido de fazer uma oração ou súplica sincera, pedir ou implorar graça. Ele traz uma característica muito interessante: não possui nenhum vestígio de emoções falsas ou de “adulação”; pelo contrário, suas características são de simplicidade, sinceridade e confiança infantis em relação a Iavé.

Este termo denota uma coerência e não uma disparidade entre a oração na adoração pública coletiva e a oração particular do indivíduo. A oração bíblica é espontânea, pessoal, motivada pela necessidade e não restrita e uma hora nem local. Significa que é possível chegar-se a Deus em todo local e toda hora do dia. Isso fica claro porque, na adoração de Israel, apesar das minuciosas instruções quanto aos sacrifícios, não existe uma liturgia rígida de oração. Esta devia ser espontânea.

Das 20 ocorrências de ’ãtar, 8 aparecem no contexto das pragas do Egito (Êxodo 8.8,9; 8.28-30; 9.28; 10.17,18). Em Êxodo 8.28 estabelece-se um relacionamento entre sacrifício e oração de súplica. Atos sacrificiais aparecem associados a súplicas também em II Samuel 24.15, onde Davi oferece holocaustos e ofertas pacíficas para interromper a praga. Portanto, ’ãtar diz respeito a uma oração feita a Iavé numa súplica sincera e fala também da resposta favorável a esta súplica através da demonstração maravilhosa de sua graça e favor, como vemos em Gênesis 25.21.

Temos ainda, no hebraico, outras 2 palavras que significam adoração: sãgad (prostrar-se em adoração), que é empregada em Isaías 44.15,17,19 e 46.6, e hãwâ (prostrar-se, adorar), encontrada em Neemias 8.6. Nestas passagens, “adoraram” seria melhor traduzido como “prostraram-se até o solo”. Esse ato era bem comum como prova de submissão diante de alguém superior. Os muçulmanos realizam sua oração, salah, com um gesto elaboradamente prescrito, chamado sugûd, em que a testa deve encostar no chão. Encontramos ainda referências a este gesto em Gênesis 22.5; 24.52; Êxodo 11.18; 34.8; Josué 5.14; I Samuel 15.25,30,31; 28.14; I Crônicas 29.20; Ester 3.2; Jó 1.20. Há exemplos de adoração comunitária de prostração em Êxodo 4.31; 12.27; 33.10; II Crônicas 2.18; e também ordens e convites a esta adoração em Deuteronômio 26.10 e em Salmo 95.6. Prostrar-se era um ato comum de auto-humilhação, realizado diante de parentes, estranhos, superiores e, principalmente perante a realeza (Gênesis 18.2; 19.1; 23.7,12; 42.6; 43.26,28; Números 22.31).

Por Ana Paula Valadão Bessa.

Fonte: www.diantedotrono.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Vida de Louvor.


Hoje veremos um pouco sobre o que é vida de louvor, ou seja, vida de gratidão e adoração a Deus. É do meu entendimento que o meu louvor não se restringe a um momento quando eu canto ou toco o meu instrumento. Meu louvor a Deus não está limitado aos momentos que chamamos de "culto", com outros irmãos ou a sós. Meu louvor a Deus é um estilo de vida.
A palavra "louvor" na Bíblia é halal, que significa exaltar, louvar, vangloriar. Ela possui termos derivados, como hillûl - júbilo festivo, exultação, canções de louvor, festas; mahalal - louvor; e tehillâ - louvor, atos dignos de louvor. Possui ainda sinônimos, como yadâ - louvar, dar graças; ranan - cantar ou gritar de júbilo; shîr - cantar louvores; barak - louvar, bendizer; gadal - engrandecer; rum - exaltar; zamar - cantar, tocar, louvar. Possui cognatos, ou seja, palavras de mesma origem, como alalu - gritar, vangloriar-se; sululu - saudar, aclamar, gritar, demonstrar alegria. Essa raiz em estudo, halal, ocorre 206 vezes somente no Antigo Testamento.

Mas o uso mais freqüente dessa raiz diz respeito ao Deus de Israel. Quase um terço destas passagens acontece nos salmos e o maior número de ocorrências traz convocações, imperativos ao louvor. Na verdade, elas enfatizam a necessidade do louvor a Deus. O culto a Deus era o centro da vida do povo de Israel e estava fortemente ligado à vida e influência de Davi, o Rei amado.

Convocações da Bíblia para que louvemos a Deus

A Bíblia nos convoca a louvar a Deus continuamente, em todo o tempo: Salmos 34.1,2; 35.28; 71.8; 44.8; 63.4,5; 115.18; 119.164 (7 vezes, o que significa uma conta completa. Ele louva a Deus todo dia); 145.1-3; 146.1,2; Hebreus 13.15. Mas como fazer para louvar a Deus continuamente? Posso estar sempre cantando, ou assoviando, ou cantando em minha mente e coração. Posso sempre abrir a minha boca em minhas conversas para dar glória a Deus. Ou ainda, posso ter sempre uma atitude de louvor a Deus no meu interior, que é o oposto de um coração endurecido, cheio de críticas, reclamações e murmurações.

A Bíblia nos convoca a louvar a Deus de dia: I Crônicas 23.30a (Davi instituiu 400 levitas para louvarem a Deus todas as manhãs com seus instrumentos e seu canto. Eles cantavam coisas do tipo: "O Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre"); Salmos 35.28; 92.1,2; 113.1-3. Nos convida ainda para louvar a Deus de noite: Salmos 42.8; 63.6,7; 119.62; 134.1 (os adoradores, ao se despedirem, responsabilizaram os levitas por continuarem o louvor ao Senhor no decurso da noite - I Crônicas 9.33).

A Bíblia nos convoca, ainda, a louvar a Deus por quem Ele é: Salmos 18.1,2; 22.3; 45.1,2; 48.1; 95.1-3; 96.4; 104.1; 107.1. Nos chama a louvar a Deus por seus poderosos feitos: Salmos 8.1; 9.1; 20.5; 30.1; 40.1-3; 66.1-3; 71.15; 98.1; 101.1; 106.1,2; 118.15; 150.2. Nos convoca a louvar porque é bom e agradável: Salmos 33.1; 54.6; 92.1; 147.1. Nos estimula a louvar a Deus no meio do seu povo e também entre os "gentios", ou seja, os incrédulos: Salmos 18.49; 22.22-25; 34.2,3; 35.18; 40.3; 57.9-11; 96.1-3; 105.1,2; 111.1; 138.1. Há ainda várias referências que nos estimulam a louvar a Deus com instrumentos, com nosso corpo, vozes e vidas; no seu templo (ou santuário), porque ali era o lugar de adoração contínua; enfim, chama TODOS a louvarem ao Senhor.

A palavra "adoração", no Velho Testamento, é 'ãbad, que significa fazer (ou ser feito), criar (ou ser criado), executar (ou ser executado). Possui alguns termos derivados, mas no que se refere à vida de louvor, vemos que o sentido básico desta raiz se refere ao cumprimento de um dever ou atividade. Em Esdras 6.7 todo o povo foi conclamado a "fazer". Entende-se isso por "obedecer". Fazer a lei de Deus está intimamente associado à idéia de "adoração", à qual, conforme entendida no pensamento judaico, era "serviço" ou "escravidão" a Deus. Aliás, esta idéia continuou de pé até a época do NT, conforme claramente se vê nas inúmeras vezes em que Paulo se refere a si mesmo como o "escravo" ou "servo" de Jesus Cristo... (Continua)


Vida de Louvor
Por Ana Paula Valadão Bessa




Fonte: www.diantedotrono.com.br

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS DO INTERNAUTA CRISTÃO.

A juventude hoje em dia passa mais tempo na Internet do que assistindo TV...


Achei importante compiar esses '10 Mandamentos' para servir como guia, no meio de tantos perigos oferecidos pela 'Rede'. Aqui vão:


1. Terás consciência que a Internet é um canal usado pelo bem mas muito mais pelo mal.


2. Não divulgarás seus dados a quem não conhece pessoalmente.


3. Saberás que na Internet qualquer pessoa pode fingir ser outra, portanto, a chance de ser enganado é grande. ‘Amigo’ numa rede social pode na verdade ser inimigo.
Visite:Ida Gospel, DIVERSOS, DINÂMICA, MENSAGEM, MUNDO Gospel,RESPOSTAS,NOTÍCIAS,
4. Fugirás de sites cujo conteúdo não edifica, assim como o cristão também evita freqüentar lugares que não convém.


5. Evitarás pessoas que flertam contigo na rede como se fossem a praga bubônica.


6. Não marcarás ‘encontros’ via Internet com pessoas que não conhece. Lembra-te do terceiro mandamento.


7. Lembrarás que o que revelas de tua vida na Internet, bem como tuas palavras e comportamento, estão sendo observados por outros – e servem como teu testemunho.


8. Não passarás horas á fio surfando na net sem razão útil, ás custas de tuas outras responsabilidades. Lembra-te que também há vida fora da rede.


9. Não verás pornografia na Internet, sob qualquer desculpa. Guardarás a tua mente, teus olhos, e teu coração.


10. Serás uma força para o bem na Internet e não cúmplice do mal

FONTE: idagospel.com

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estratégias para Lutar Contra a Lascívia.

por John Piper

Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. A necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais para nos fixarmos em imagens sexuais é urgente. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.


Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir.


Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).


Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos.1 E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.2 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo.


A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário.


Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo.


Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58).


Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.







Extraído do livro:Penetrado pela Palavra, de John PiperCopyright: © Editora FIEL 2009.O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
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