terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nossa única saída: Se lançar aos pés de Jesus.

"E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.
E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.
Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta.
E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos.
Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento.
Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados.
Luc. 7:36-50

Esse tem sido um texto bastante utilizado para falar sobre adoração. Para falar sobre uma forma extravagante de se adorar a Deus. Afinal, a mulher referida no texto entra na casa de um fariseu sem ser convidada e se lança aos pés de Jesus. Ela, Chorando, regava os seus pés com as suas lágrimas e os enxugava com os seus cabelos, e ungindo seus pés com um precioso perfume os beijava sem parar, sem se importar sobre o que as pessoas pensariam dela.
Comumente o fariseu do texto tem sido comparado com aquelas pessoas religiosas, que além de não adorarem a Deus ainda criticam aos que de uma forma "extravagante" declaram sua adoração a Ele. Já a mulher tem sido colocada como exemplo de alguém que adora com liberdade, sem se importar com que os outros vão achar, tem sido referencial para os adoradores "extravagantes".
Mas queridos ao lê esse texto eu me pergunto: O que de fato motivou essa mulher a agir dessa forma tão explosiva, tão radical, tão extravagante? a conclusão que chego é que ela reconheceu a sua grande necessidade de Deus, olhou para si mesma e percebeu a sua condição diante de Deus e certamente concluiu que a só existia uma saída para ela, que só lhe restava uma chance. E essa saída, essa chance, estava justamente aos pés de Jesus.
Perceba que o texto se refere a ela como uma pecadora, portanto a sua atitude não foi mera encenação, mas a forma que ela encontrou de expressar seu arrependimento. Note que Jesus não disse: " Obrigado pela sua adoração extravagante." mas disse: " Perdoados estão os teus pecados." A questão não é o que faremos na presença de Deus, mas como estará o nosso coração, com que motivação faremos isso ou aquilo.


Mas será que o fariseu também não era pecador? certamente que sim. Portanto haviam duas pessoas com problema com o pecado na presença de Jesus, porém com atitudes diferentes. A impressão que tenho é que esse texto quer tratar justamente sobre perdão de pecados, sobre sinceridade diante de Deus, sobre a atitude correta diante de Deus.
O fariseu também era pecador, também estava na presença de Jesus, mas no entanto não teve os seus pecados perdoados. E por quê? Porque não os admitia.
Penso que a atitude dessa mulher não nos serve apenas para classificar as pessoas: "Esse é um adorador extravagante e aquele é um adorador comum." Adoração não se classifica. Ou adoramos a Deus ou não adoramos. É a motivação do coração que conta e não a forma. Estou cansado de vê pessoas pulando, gritando, chorando, fazendo profundas declarações de amor a Deus, mas as suas vidas continua a mesma, nada muda, os pecados não são perdoados, pois não há arrependimento. Apesar de toda extravagância os seus corações estão como o do fariseu.
O encontro daquela mulher com Jesus transformou a sua vida " E disse à mulher: a tua fé te salvou; vai-te em paz." E não foi porque ela agiu de forma extravagante, mas por tê reconhecido a sua necessidade diante dEle. por reconhecer os seus erros e vê em Jesus a solução para eles.
É assim que vejo a igreja hoje, como aquele fariseu e aquela mulher; cheios de problemas, de pecados. Ou será que não? Será que não nos conformamos com esse século? Que não nos envolvemos com práticas mundanas? Será que não temos nos tornado amigos do mundo? A minha resposta para essas questões é : Sim. Temos salgado muito pouco esse mundo.
Mas existe uma saída, uma chance, e ela está justamente aos pés de Jesus. Devemos agir como aquela mulher, admitindo essa necessidade, se arrependendo dos nossos pecados, sendo sincero diante de Deus, se lançando aos seus pés. Se agirmos assim Certamente seremos transformados.
Mas se continuarmos agindo como o fariseu, ignorando essa situação, continuaremos indo aos cultos, domingo à domingo e nada mudará em nossas vidas. Pode crê irmãos, o mundo clama, mesmo sem saber por uma igreja comprometida unicamente com o seu Senhor, com o seu Deus.
Que Deus tenha misericordia de nós sua igreja.


No amor do Pai,
Marcos Paulo Correia. (Líder e guitarrista do GD)

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