sábado, 29 de janeiro de 2011

Salmo 122 - Por C. H. Spurgeon - Esboço de Sermão.



TÍTULO E ASSUNTO
Este salmo, breve mas vivo, é intitulado "Cântico de peregrinação davídico", e assim somos informados de seu autor e da ocasião para a qual foi planejado: Davi o escreveu para as pessoas cantarem a caminho das festas santas em Jerusalém. É o terceiro da série, e parece apropriado para se cantar quando as pessoas já estiverem adentrado as portas, e seus pés estiverem dentro da cidade. Era muito natural que cantassem sobre a própria Jerusalém, e invocassem paz e prosperidade para a Cidade Santa, pois ela era o centro de seu culto, e o lugar onde o Senhor se revelava acima do propiciatório. É possível que a cidade não estivesse toda construída no tempo de Davi, mas ele escreveu sob o espírito de profecia, e falou dela como ficaria na época de Salomão. Um poeta tem licença de falar das coisas, não só como são, mas como serão quando chegarem à sua perfeição. Jerusalém, ou a Habitação da Paz, é empregada como a palavra-chave deste salmo, cujo original faz muitas alusões felizes ao salem, ou paz, que imploravam para Jerusalém. Dentro dos muros tríplices, todas as coisas ao redor dos peregrinos ajudavam a explicar as palavras que eles cantavam dentro de seus fortes baluartes. Uma voz dirigia o salmo na primeira pessoa do singular, mas dez mil irmãos e companheiros se uniam ao primeiro músico e expandiam o coro da melodia.


DICAS PARA O PREGADOR


O salmo todo. Observe:
1. A alegria com que eles iriam para Jerusalém: Sl 122.1-2.
2. A grande estima que teriam por Jerusalém: Sl 122.3-5.
3. O grande interesse que deveriam ter por Jerusalém, e as orações que fariam pelo seu bem-estar (M. Henry).


VERS. 1.


1. Davi se alegrava em ir à casa do Senhor. Era a casa do Senhor, portanto ele desejava ir. Ele a preferia à própria casa.
2. Alegrava-se quando outros lhe diziam: "Vamos". A distância podia ser grande, as condições do tempo, adversas, mas assim mesmo, "Vamos".
3. Sentia prazer em dizer a outros, "Vamos", e a persuadir outros a acompanharem-no (G. R.).


VERS. 1.


1. Alegria em antecipar um culto religioso.
(a) Pela instrução que recebemos.
(b) Pelos atos de culto de que participamos.
(c) Pela sociedade com que entramos em contato.
(d) Pelos interesses sacros que promovemos.
2. Alegria no convite ao culto religioso.
(a) Porque mostra que outros estão interessados no culto prestado a Deus.
(b) Porque mostra o interesse deles em nós.
(c) Porque promove os interesses de Sião (F. J. B.).


VERS. 1. A alegria da casa de Deus. Você fica "alegre quando"? Alegre por quê?


(a) Porque tenho uma casa do Senhor aonde posso ir.
(b) Por pessoas sentirem suficiente interesse em mim para dizer, "Vamos".
(c) Por poder ir à casa de Deus.
(d) Por estar disposto a ir (J.G. Butler, em um boletim mensal do pregador, 1882).


VERS. 1. Alegrei-me. Assim diz:


1. O adorador devoto, que tem prazer em ser convidado à casa terrena de Deus. É o lar dele, sua escola, seu hospital, seu banco.
2. O cristão fiel, que tem prazer em ser convidado à casa espiritual de Deus. A igreja é edificada em conjunto. Ali ele encontraria um descanso estável. Ele não tem paciência com ciganos religiosos, nem com pessoas que não têm igreja.
3. O santo moribundo, que está feliz em ter sido convidado à casa celestial de Deus. Simeão - Estêvão - Pedro - Paulo (W. J.).


VERS. 1.


1. O dever de assistir aos trabalhos da casa de Deus.
2. O dever de incentivar um ao outro a ir.
3. O benefício de ser assim entusiasmado (F. J. B.).


VERS. 1. Aqui está:


1. Presença pessoal: Meus pés.
2. Segurança pessoal: Nossos pés já se encontram dentro.
3. Comunhão pessoal: "Ó Jerusalém" (G. R.).


VERS. 2. O interior da igreja. A honra, o privilégio, a alegria e a comunhão de estar ali.


VERS. 3.


1. Representante da Nova Jerusalém.
(a) Escolhida por Deus.
(b) Fundada sobre uma rocha.
(c) Tomada de um inimigo.
2. Representante de sua prosperidade: "como cidade ".
3. Representante de sua perfeição: Compacta, "firmemente estabelecida" (G. R.).


VERS. 3. A unidade da igreja.


1. Subentendida em todas as transações da aliança.
2. Sugerida por todas as metáforas bíblicas.
3. Solicitada por nosso Senhor.
4. Promovida pelos dons do Espírito.
5. Para ser mantida por todos nós.


VERS. 3-4. A igreja unida é a igreja que cresce.


VERS. 4.


1. O dever do culto público.
(a) Em um lugar: "Para lá sobem as tribos do Senhor".
(b) Em um grupo, embora de muitas "tribos": "Para lá sobem as tribos".
2. O plano.
(a) Para instrução: "Conforme o mandamento dado a Israel".
(b) Para louvor: "Para dar graças ao Senhor".


VERS. 5.


1. "Lá estão os tribunais de justiça" no santuário. Homens são julgados ali.
(a) Pela lei.
(b) Pela sua própria consciência.
(c) Pelo evangelho.


2. Há tronos de graça: "da casa real de Davi".
(a) Do Filho de Davi nos corações de seu povo.
(b) De seu povo no Filho de Davi (G. R.).


VERS. 6.


1. A oração:
(a) "Por Jerusalém": não apenas por nós mesmos, ou pelo mundo; mas pela IGREJA. Por bebês na graça, pelos jovens, e pelos pais. Pelos pastores, com os diáconos e presbíteros.
(b) Pela "paz" de Jerusalém. Paz interior e paz exterior.


2. A promessa.


(a) A quem é dada: "Àqueles que te amam".
(b) A promessa em si: Prosperarão - individual e coletivamente.
Ou:
1. O amor por Jerusalém é o efeito da verdadeira piedade.
2. A oração a favor de Jerusalém é o efeito desse amor.
3. "A paz de Jerusalém" é o efeito dessa oração; e,
4. A prosperidade de Jerusalém é o efeito dessa paz.


VERS. 6. Deus relacionou dar e receber, espalhar e aumentar, semear e colher, orar e prosperar.


1. O que precisamos fazer se queremos prosperar - "Orem pela paz de Jerusalém".
(a) Abrangentemente: "Paz" - espiritual, social, eclesiástica, nacional.
(b) Supremamente: "Se eu... não considerar Jerusalém a minha maior alegria" (Sl 137.6).
(c) Pragmaticamente: "Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração" (Cl 3.15). "Busque a paz com perseverança". (1Pe 3.11).


2. O que ganhamos se orarmos assim - "Prosperidade".


(a) A prosperidade temporal poderá ocorrer. Deus tornou novamente próspera a condição de Jó quando ele orou por seus amigos.
(b) A prosperidade espiritual poderá ocorrer. Ocupações da alma - exercícios devocionais e cultos.
(c) A prosperidade numérica ocorrerá. "Crescer em número de homens como um rebanho" (W. J.).


VERS. 6-9.


1. As bênçãos desejadas para a igreja.


(a) Paz.
(b) Prosperidade. Note a ordem e a ligação entre as duas coisas.
2. O meio de consegui-las.
(a) Oração: "Ore pela paz de Jerusalém".
(b) Deleite-se no serviço prestado a Deus: "Alegrei-me".
(c) Esforço prático: "Buscarei o teu bem".


3. Razões para buscá-los.


(a) Para nosso próprio bem: "Eles prosperarão".
(b) Para o bem de nossos companheiros.
(c) Para o bem da "casa do Senhor" (F. J. B.).


VERS. 7.


1. Onde a paz é mais desejável: "Entre teus muros". Entre os muros das cidades, entre as paredes das casas, mas principalmente entre as paredes dos templos.
2. Onde a prosperidade é mais desejável:
(a) No aposento particular.
(b) Na igreja. Estes são os palácios do Grande Rei; "Os palácios de marfim... que te alegram" ( Sl 45.8) (G. R.).


VERS. 7. Teus muros.


1. Pergunte porque a igreja precisa de paredes.
2. Pergunte o que são as paredes de uma igreja.
3. Pergunte de qual lado delas nós estamos.


VERS. 7. A igreja é palácio.


1. Em intenção do grande Rei.
2. Habitado pela família real.
3. Adornado com esplendor soberano.
4. Guardado por poder especial.
5. Conhecido como a residência real da bendita e única potestade.


VERS. 8-9. Dois grandes princípios são apresentados aqui que dizem por que devemos orar pela igreja:


1. Amor pelos irmãos: "Por amor de meus irmãos e companheiros".
2. Amor a Deus: "Por causa da casa do Senhor nosso Deus buscarei o teu bem" (N. Michael).


VERS. 9. Buscarei o teu bem


1. Orando pela igreja.
2. Trabalhando na igreja.
3. Trazendo outros para cultuar.
4. Mantendo a paz.
5. Vivendo de modo a recomendar a religião.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Salmo 127 - Um belo testemunho.



Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.
Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.
Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta. Sl. 127



Este salmo sempre ministrou bastante ao meu coração, principalmente acerca da família. Primeiro ele fala de o quanto devemos ser dependentes de Deus, e o quanto a nossa casa, a nossa família, está em suas mãos. Se o Senhor não estiver no controle, na direção do nosso lar, em vão será todo o nosso esforço pois ele diz: ''Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam.''(Sl 127:1a)
Vivemos em uma sociedade que vive totalmente alheia ao que a bíblia diz, uma sociedade que ''dita'' regras sem se preocupar com o que a bíblia nos ensina a respeito da família. Ela dita a idade que devemos nos casar (quanto mais tarde melhor, porque você precisa adquirir bens materiais para poder se casar.), construir família fica por último, e ela ainda dita a quantidade de filhos que devemos ter (1 ou no máximo 2) , como se a quantidade de filhos fora desse padrão fosse sinonimo de pobreza. Se não temos prosperado está muito mais ligado a nossa má administração do que a quantidade de filhos que temos, pois este salmo também diz no vs.5: ''Feliz o homem que enche deles(os filhos) a sua aljava, não será envergonhado'' e também diz no vs.3 : '' Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre o seu galardão''.
Quando eu engravidei pela terceira vez, me desesperei pois eu já estava "fora dos padrões da sociedade", e não faltou quem nos criticassem. Esse salmo me ensinou que Deus estava me abençoando, me fazendo feliz e que Ele jamais iria nos deixar envergonhados, pois Ele é o edificador da minha casa e o nosso esforço não iria ser vão. Passamos por algumas dificuldades, claro, como todos. Afinal como diz a sua palavra: ''a chuva vem sobre justos e injustos''. Não me arrependo de ter tido três filhos, pois não consigo imaginar a minha vida sem meus três ''galardões'', que tenho certeza, foi Deus que nos deu. Esse salmo nos ensina que tudo o que temos e somos vem de Deus, ''Que toda boa dádiva vem de Deus'', e filhos com certeza é uma boa dádiva. Como igreja não podemos deixar que os padrões do mundo dite as regras da nossa família , dos nossos sonhos e projetos, sejam eles pessoais ou familiares, devemos confiar em Deus. Pois Ele é o verdadeiro edificador da nossa casa. Não é o nosso esforço que guarda o nosso lar, e sim o nosso Deus. Enfim queridas , se você sonha em ter uma família grande, vá em frente, você tem respaldo bíblico para isso, com Deus sendo o Senhor da sua casa , da sua família, confiando sempre nEle, pois ''Aos seus amados Ele o dá enquanto dormem''.

No amor do pai,
Rose Correia .
(
Visite o blog Adoradoras)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Composição: Inspiração divina ou fruto do talento humano?


É comum no meio cristão, em especial das pessoas que são ligadas à música, ou são compositores na igreja, ouvirmos expressões como: "Deus me deu essa música" ou ainda, "Fui inspirado por Deus pra fazer essa canção". Mas será, que de fato, por mais belas que sejam muitas canções, são dadas pelo próprio Deus? É Ele quem as inspira? NÃO!!! definitivamente nenhuma canção, que não esteja registrada na bíblia (Como os Salmos, o cântico de Maria e outros...), é inspirada por Deus, ou é dada por Ele de forma direta e pessoal. Essas canções são sim fruto do talento musical, do conhecimento bíblico e das experiências no evangelho.


I Ponto: Por que não são inspiradas?


Algumas breves considerações sobre inspiração divina:


O termo "inspirado por Deus" é usado para designar a forma com que a bíblia foi escrita, em II Tm. 3:16 está escrito assim: "Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça." e em II Pd. 1:21 assim: "porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens {santos} falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo."


E o que significa a expressão "inspirada por Deus''? Estritamente falando inspiração significa "soprar para dentro, aspirar" no texto de II Tm. 3:16 a palavra grega usada é THEOPNEUSTOS e significa soprado por Deus. O que o texto quer dizer é que as escrituras foram produzidas pelo próprio Deus, foram sopradas por Ele, como um barco a vela, sem leme, a onde o vento lhe leva para onde quer, assim Deus conduziu os escritores bíblicos.

Já no texto de II Pd. 1:21 a expressão "movidos pelo Espírito Santo" significa literalmente, "carregados" pelo Espírito Santo, ou seja, nada do que foi produzido na bíblia foi produzido segundo a vontade do homem, mas de Deus.

Charles C. Ryrie define inspiração divina como: "O processo divino de supervisão dos autores humanos da bíblia, de modo que, usando suas personalidades e estilos, compuseram e registraram sem erro a revelação de Deus ao homem nas palavras dos manuscritos originais.

Quando Deus inspira, aquilo que é produzido por essa inspiração é perfeito. O único registro inspirado por Deus é a bíblia. No seu original.

As canções que não estão registradas na bíblia não são inspiradas por Deus e não importa se foram compostas por Lutero ou por Ana Paula Valadão. E porquê não são inspiradas por Deus? Porque é possível que haja erro. O fato de não serem inspiradas não significa que essas canções não sejam abençoadoras. Todo compositor cristão, comprometido com o reino de Deus, procura produzir suas canções baseadas na palavra, na bíblia, como fazia o salmista: "Os teus decretos são o tema da minha canção em minha peregrinação." Sl. 119:54 (NVI).
Mas, no momento em que compomos somos influenciado, inevitavelmente, pelo nosso ponto de vista teológico, por nossas experiências. Você já imaginou um compositor de origem pentecostal compor uma canção contra a contemporaneidade dos dons? ou um compositor reformado compondo incentivando o falar em línguas, o profetizar? Dá pra imaginar um arminiano compondo que fomos eleitos e que a salvação não se perde? ou um Calvinista que afirma em sua canção que se você não vigiar poderá perder a salvação? Não, não dá pra imaginar essa situação. Não tem jeito, defendemos o nosso ponto de vista em nossas composições. E aí, se todos disserem que receberam de Deus a canção? Se todos disserem que foram inspirados por Deus? Que confusão em? E então, se não somos inspirados por Deus, como se dá o processo de composição?


II Ponto: Usando nosso talento para glória de Deus.


Queridos, em Tg. 1:17 está escrito: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em que não pode existir variação, ou sombra de mudança." Ou seja, todo talento, que qualquer pessoa possa ter, vem de Deus. Compreender isso na hora de compor faz toda a diferença. Há compositores extraordinários, poderia citar muitos, cristãos e não cristãos mas, não é necessário.


Gostaria de destacar duas diferenças básicas entre compositores: Os que honram a Deus com seu talento e suas composições e os que não honram a Deus e componhem para sua própria glória. O que define um e outro, infelizmente, não é o fato de um ser cristão e o outro não mas, a compreensão de duas coisas, a primeira: O entendimento do que diz o texto acima citado e a compreensão de que seu talento, sua capacidade, tudo que ele tem de bom, vem de Deus. Os que compreendem isso glorificam a Deus por seu talento e reconhecem, humildemente, que se não fosse o Senhor não seriam capazes de produzir canções e obras tão lindas. A outra coisa é, partindo dessa compreensão de que o talento vem de Deus, é entregar o que produziu, o que compôs, a Deus. É o que nos ensina o salmista no Sl. 45:1, vamos conferir: "De boas palavras transborda o meu coração: AO REI CONSAGRO O QUE COMPUS: A minha língua é como a pena de habildozo escritor." (Consagrar significa: Separar, ou dedicar para o uso de Deus.)


Mesmo não compondo canções perfeitas é possível que Deus as use para abençoar muitas pessoas, as use para edificar seu corpo, a igreja. Usemos todo nosso talento para glória de Deus e consagremos a Ele nossas canções.


Conclusão: Como compositor compreendo muito bem quando alguém lança mão dessas expressões: "Foi Deus quem me deu" ou "Foi Deus quem me inspirou", para responder a pergunta: - de quem é essa música? Muitas vezes é uma forma de demonstrar humildade, eu mesmo já respondi assim tantas vezes, por isso não os jugo. Mas, hoje compreendo que a forma mais correta de responder a essa pergunta é assumindo a autoria, a composição, dizendo: - Foi eu quem fez, usei o talento que Deus me deu, o conhecimento bíblico que adquirir através da leitura da palavra, usei algumas experiências pessoais, mas o mais importante, o mais importante mesmo, é que consagrei essa canção a Deus, agora é dEle. Que ele seja o único honrado e glorificado pelos frutos que essa canção possa vir a dá. A Deus toda glória!



No amor do Pai,
Marcos Paulo Correia.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BLOG ADORADORAS. Venha Conhecer!! e SALMO 90 confira.

O novo Blog de Rose Correia se chama ADORADORAS e foi feito especialmente pra você mulher adoradora. Com dicas de saúde, beleza, moda e claro com reflexões edificadoras da palavra de Deus. NÃO DEIXE DE CONFERIR!!!
Uma reflexão do irmão Fábio Correia do blog Filosofia Calvinista, que gentilmente aceitou nossso convite. É no Salmo 90, imperdível!!!
Ministério Geração de Davi

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Reflexão no salmo 90 (Exclusivo para o blog Ministério Geração de Davi)

INTRODUÇÃO:
“Parabéns pra você nesta data querida”. Essa é, talvez, uma das músicas mais conhecidas do mundo. Todas as vezes que escuto essa música sendo cantada para alguém, em virtude de sua nova idade, fico me perguntando: Parabéns por quê? Por ter completado mais um ano? Por ter permanecido vivo? Será mesmo que devemos felicitar alguém por isso? Será que dependeu dela permanecer viva por mais um ano? Acaso há poder no homem capaz de mantê-lo vivo sem o fornecimento do oxigênio de Deus? Pode o homem viver de forma autônoma? Palavra de Deus em Mateus 6:27, faz uma contundente pergunta: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?”. Não seria mais adequado as ações de graças a Deus, sendo Ele único autor e preservador da vida? Essas reflexões e tantas outras estão presentes no Salmo 90.

ELUCIDAÇÃO:

Um Salmo de natureza muitíssimo peculiar, porque é o único atribuído a Moises. Apesar de muito conhecido, poucas pessoas se apercebem de sua incomum autoria.

Moisés compôs esse Salmo no período de quarenta anos em que o povo andou errante pelo deserto. Muito provavelmente em um daqueles momentos de acintosa desobediência do povo. Segundo alguns estudiosos, o caminho do Egito à terra de Canaã poderia facilmente ser feito em seis meses. Mas, ao invés disso, durou quarenta longos anos. É bem verdade que a providência de Deus estava com eles. Mas a caminhada era difícil. As murmurações eram muitas.

Esse mix de certeza da possibilidade de um caminho mais curto, expectativa de chegada ao destino final e a demora nessa tão sonhada conquista, gerou no coração de Moisés sentimentos e reflexões muito profundas acerca do Ser de Deus e do próprio homem, fazendo-o pensar sobre:

TEMA: A Transitoriedade do homem e a Eternidade de Deus

ARGUMENTAÇÃO:

Ao refletir sobre esse assunto Moisés aprende - e nos ensina -, inspirado pelo Espírito Santo, lições importantíssimas:

1º) A primeira lição que Moisés aprende é sobre os benefícios de confiar no único Deus Eterno.

Essa lição deve ter trazido ao seu coração - e deve também trazer ao nosso - uma confortadora sensação de alívio e segurança. Nós não conhecemos nem mesmo o minuto seguinte da nossa própria vida. Isso nos assusta e nos trás medo. Moisés, naquela ocasião, sob intensa pressão, talvez, também tenha sentido medo. Pensamentos do tipo: “esse deserto não terá mais fim”? “Até quando” (Êxodo 90:13), certamente inundaram seu cansado coração.

O medo é produzido pelo desconhecido, pelo novo, pelo inesperado. Mas isso é próprio dos homens. Com Deus não é assim. Nada Lhe é desconhecido. Nada Lhe é novo. Nada foge ao seu controle. Moisés, então, repousa confiantemente no Senhor e fala inspiradamente sobre a essência de Seu ser, sobre sua Eternidade:

90.1 Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. 90.2 Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. 90.4 Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite.

Deus conhece o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro, pois Ele a tudo vê “de fora do tempo”. Sabe o começo e o fim de nossa história. Cada dia, cada minuto, cada instante. Às vezes não entendemos o que se nos está acontecendo. E, sinceramente, às vezes, também não gostamos; não gostamos nada!

Lembremos de José do Egito (Gêneses 37). Jovem temente a Deus. Curiosamente essa prerrogativa deveria, à nossa míope visão, nos assegurar, sempre, coisas boas. Mas não foi assim com José. Vendido como escravo pelos próprios irmãos, padeceu nas prisões fétidas do Egito. Ele não estava entendendo. Ele não estava gostando. Mas aprouve a Deus assim proceder para a preservação da vida - dele e de sua família, de onde descenderia o messias. Já pensou se José tivesse se desesperado? Assim como ele Moisés e nós, devemos confiar no Plano do Deus Eterno, que é sempre bom; que é sempre o melhor, para a sua própria Glória, objetivo nosso.

Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (Mateus 6:25-26).

2ª) A segunda lição que Moisés aprende é sobre a loucura de um homem que, transitório e finito, insiste em não glorificar a Deus.

Em contrapartida à Eternidade de Deus, temos um homem finito, dependente – queira ele ou não – e que se lança a cada instante rumo ao desconhecido, tendo como certo, apenas, a morte. Acerca desse homem, diz Moisés:

90.3 Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. 90.5 Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; 90.6 de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca. 90.7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. 90.8 Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. 90.9 Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. 90.10 Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.

Moisés compreende perfeitamente quão louco é aquele que vive como se Deus não fosse Deus. Como se Deus não o conhecesse. Como se Deus não visse o que vê. “Nada Lhe é oculto”, como já dizia outro Salmista (Salmo 139).

O Espírito Santo, ao fazer-lhe refletir sobre a transitoriedade da vida do homem o faz compreender perfeitamente aquilo que seria registrado séculos depois:

Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mateus 10:28).

3º) Em terceiro e último lugar, Moisés aprende que a única maneira de não viver uma vida sem sentido é ter cada instante, cada minuto, cada momento de sua vida na presença do Senhor.

Quanto tempo perdido! Às vezes, com nossas atitudes, damos a impressão de preferir desertos á terra que mana leite e mel. Quanta murmuração, na verdade, contra o Senhor. Assim como o povo que Moisés conduzia, temos saudades das “Cebolas do Egito” (Números 11:5) das “panelas de carne [...] e do “pão a fartar!” (Êxodo 16:3) e, por isso mesmo, vagamos pelos desertos da vida e da desobediência, quando já poderíamos estar desfrutando da provisão bendita de Deus, do “leite e do mel” do Senhor.

Lembrai-vos e não vos esqueçais de que muito provocastes à ira o SENHOR, vosso Deus, no deserto; desde o dia em que saístes do Egito até que chegastes a este lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR (Deuteronômios 9:7).

Nós, muitas vezes, atraímos o deserto para nossa própria angústia. Para muitos, o deserto é extremamente necessário. E, creia, ele é uma benção do Senhor, assim como o foi para Israel. Lá eles aprenderam a adorar a um único Deus. Lá eles aprenderam que melhor é andar nos caminhos do Senhor.

Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos (Deuteronômios 8:2).

E ainda:

Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem (Deuteronômios 8:16).

Caríssimos, não precisamos passar quarenta anos no deserto. Moisés roga ao Senhor, então, que nos ensine “a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmos 90:12). Em outras palavras ele está desejando cada instante, cada momento, na presença do Senhor, única forma de nutrir uma vida com um sentido verdadeiro. De forma que, ao fazer uma retrospectiva da vida, quanto mais tempo contabilizarmos “na presença do Senhor”, mais sábio será nosso coração, que nos conduzirá a uma vida ainda mais pujante na presença do Senhor.


CONCLUSÃO:

Conta-se que uma mulher perdera terrivelmente seu único filho. Ao receber a visita de seu pastor, que parara em sua frente, ela bordava e chorava ao mesmo, enquanto se lamentava contra Deus dizendo: “era meu único filho! Ele não tinha esse direito”. O pastor, imediatamente, disse àquela mulher: “que coisa horrível a senhora está bordando”, ao que respondeu surpreendida: “Não pastor, o senhor está vendo o bordado pelo lado errado”. O pastor de pronto a ensinou: “A senhora também está vendo o plano de Deus pelo lado errado”. Precisamos entrar em sintonia com o Projeto eterno do Deus Eterno e, quando não o entendermos ou ainda não gostarmos, assim devemos dizer com Jó: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! (Jó 1:21)

Por Fábio Correia do blog Filosofia calvinista

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Veja como ajudar as vítimas da tragédia no Rio de Janeiro.

Queridos, segue algumas irfomações para quem deseja ajudar na tragédia ocorrida na Região Serrana do Rio de Janeiro. Para quem não está no RJ, e não puder enviar mantimentos como roupas, colchões, água, etc., existe uma conta bancária para depósitos. Faça-mos nossa parte.

Veja como realizar doações para ajudar as vítimas da maior tragédia climática da história do país.

Cruz Vermelha - Praça da Cruz Vermelha, 10 – Centro do Rio.
Estão sendo arrecadados: água mineral, alimentos de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, colchões, roupa de cama e banho e cobertores.

Prefeitura de Petrópolis – Igreja Wesleyana; Igreja de Santa Luzia; Sede da Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania.

Os três postos arrecadam doações de água, colchões e materiais de limpeza e higiene pessoal.

Prefeitura de Teresópolis – Ginásio Pedrão – Rua Tenente Luiz Meirelles, 211 – Várzea.
Estão sendo arrecadados: alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal.

Uma conta corrente também recebe doações para ajudar as famílias atingidas pelo temporal. Nome da conta: "SOS Teresópolis - donativos".
Agência: 0741 (Banco do Brasil) – Conta: 110000-9.

Rodovia BR-040 - Concer - Praças de pedágio da BR-040 situadas em Duque de Caxias (km 104), Areal (km 45) e Simão Pereira (km 816), além da sede da empresa (km 110/JF, em Caxias).

A Concer pede que sejam doados, preferencialmente, água mineral, produtos de higiene pessoal e de limpeza, roupas de cama, mesa e banho, além de colchonetes. Nas praças de pedágio, as doações podem ser entregues nos postos do serviço de informação ao usuário da rodovia, que funcionam de segunda a segunda, 24 horas por dia.

Hemorio – Rua Frei Caneca, 8 – Centro do Rio – Das 7h às 18h.
O Hemorio pede que as pessoas doem sangue para as vítimas das chuvas. Os estoques estão quase zerados. Friburgo e Teresópolis solicitaram 300 bolsas, mas o Hemorio não tem como atender.

Pode doar sangue quem tiver entre 18 e 65 anos, mais de 50 quilos e estiver bem de saúde. Basta levar um documento oficial de identidade com foto.

Informações e agendamento pelo disque sangue 0800-282-0708.

Supermercados – Grupo Pão de Açúcar
Postos de coleta foram montados pela empresa em todas as suas 100 lojas das redes Pão de Açúcar, ABC Comprebem, Sendas, Extra e Assaí, em todo o estado Rio de Janeiro para que os clientes possam cooperar com doações de alimentos não perecíveis, roupas e cobertores. A ação acontece até o dia 26 de janeiro.

Polícia Rodoviária Federal - Ver postos abaixo.
Maior necessidade é por água, leite em pó, materiais de higiene e limpeza e colchões.

Postos da PRF que receberão doações:

BR-116: KM 133 (Doações 24 horas)
BR-101: KM 269 (Doações 24 horas)
BR-040: KM 109 (Doações das 8h às 17h)
BR-116: KM 227 (Doações das 8h às 17h)

Rodoviária Novo Rio - Avenida Francisco Bicalho, 1 - Santo Cristo.
A Rodoviária Novo Rio recebe doações para a Cruz Vermelha. Os donativos são recebidos no embarque inferior, das 9 às 17 horas.

Polícia Militar - Todos os batalhões da Polícia Militar do estado serão centros de recepção de doações.

Comandantes dos batalhões recomendam que sejam doados água mineral, alimentos não perecíveis e material de higiene pessoal.

FONTE: G1.com

Ministerio Geração de Davi.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tragédia no Rio. (Salmo 46)


Diante da terrível tragédia que assolou o Rio de Janeiro, em especial as cidades serranas, ficamos perplexos...

É difícil imaginar o que é passar, ou estar passando, por uma situação tão desesperadora como essa, a onde se perdem tudo ou quase tudo, a onde se perde pessoas queridas, pai, mãe, filhos, filhas, parentes, amigos.

É importante destacar que passar por situações como essa não está relacionada à fé ou a incredulidade, necessariamente. Qualquer um de nós, crentes ou não crentes, evangélicos ou não evangélicos, está todos sujeitos a passar por tragédias como essa. Não tenho dúvida alguma que há pessoas de diferentes crenças que foram vítimas desse terrível acontecimento, como também não tenho dúvida que entre os que se salvaram há crentes e não crentes, e que entre os que pereceram também a crentes e não crentes. A diferença só estará na perspectiva que cada um encara, ou pode encarar a tragédia, porque aqueles que crêem em Deus, independente das circunstâncias, tem o próprio Deus como refúgio e fortaleza e mesmo na morte não perdem as esperanças.



O salmo 46, provavelmente, foi escrito em uma situação extrema e delicada. O contexto histórico desse salmo é quando Judá, que tinha Ezequias como seu rei, foi sitiada pelos exércitos de Senaqueribe, rei da Assíria (Is. 36 e 37). Que era o grande império daquela época. Humanamente era impossível resisti-lhe. Mas, naquela ocasião aprouve Deus livrar o rei Ezequias e toda Judá.

O salmo que, provavelmente, foi escrito pelo próprio rei Ezequias é dividido em três partes. Em cada uma delas se encontra a mensagem principal do salmo: Deus é refúgio e fortaleza (Você pode conferir um excelente comentário sobre esse salmo na reflexão "Deus é. Deus está. Deus faz." do Pr. Marcello de Oliveira postada aqui no blog)



Na 1º parte o salmista diz: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam." Sl 46. 1-3


Deus é nosso refúgio e fortaleza. Não importa o que passemos. É isso que o salmista diz. Ainda que o mundo todo se levante contra nós, Deus é refúgio e fortaleza, nada muda isso. Nem a morte.



Na 2º parte ele diz: "Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Sl 46. 4-7

Os que confiam em Deus são alcançados por esse "rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus". Você pode imaginar, Judá sitiada pelos Assírios e o rei ezequias e aqueles que confiavam no Senhor encontrando motivos pra sorrir e se alegrar. E mais uma vez a lembrança "o Deus de Jacó é o nosso refúgio".


Na 3º e última parte está escrito: " Vinde, contemplai as obras do SENHOR, que assolações efetuou na terra. Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Sl 46. 8-11

O que Deus não fizer por nós quem poderá fazer? Portanto, aquietemo-nos pois O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.



Creiamos e confiemos no Senhor em qualquer situação ou circunstâncias. Ele é o nosso refúgio e fortaleza.


Oremos pelo Rio de Janeiro e por todas as pessoas envolvidas nessa terrível tragédia.


No amor do pai,

Marcos Paulo Correia.


.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Salmos 46 – Deus é. Deus está. Deus faz

A maioria dos leitores das Escrituras conhece o Salmo 46. Quem nunca leu este belo Salmo? Convido você, prezado leitor [a] a mergulhar neste Salmo comigo, e ver a profundidade que encontramos nele. Um dos “segredos” de uma boa exegese de um texto, é conhecer o sentido histórico em que o texto foi escrito. Quando sabemos o que se passava quando o texto foi escrito, falamos com muito mais propriedade e segurança, trazendo luz e entendimento aos ouvintes.

Há um consenso entre os estudiosos que este salmo serviu de inspiração para o hino “Castelo Forte é Nosso Deus”, composto por Martinho Lutero. Há uma possibilidade muito grande que o contexto histórico em que foi escrito este salmo, seja a ocasião em que Deus livrou Jerusalém dos assírios no tempo do rei Ezequias (II Rs 18-19; II Cr 32; Is 36-37). Será bastante proveitoso ler estes textos para um melhor entendimento deste salmo.

O rei Ezequias era poeta, e é possível que tenha escrito não apenas este salmo, mas também o 47 e o 48, provavelmente no mesmo contexto histórico, onde a vitória do Senhor é celebrada sobre o inimigo.

1) Deus É nossa fortaleza – (Sl 46.1-3) a palavra traduzida por “refúgio”, no verso 1, significa “um abrigo, uma rocha de refúgio”, enquanto essa mesma palavra, nos versos 7 e 11, quer dizer “um baluarte, uma torre alta, uma fortaleza”. É isso que Deus estava dizendo para o povo: “Quando o inimigo vier, Eu serei o vosso abrigo, serei uma rocha, é como se o povo, estivesse escondido dentro da rocha, num lugar inatingível!” Os dois termos declaram que Deus é um refúgio confiável para seu povo quando tudo ao seu redor parece estar desmoronado (Sl 61.3; 62.7,8; 142.5). Mas Ele não nos protege a fim de nos mimar. Não. Antes, abriga-nos a fim de nos fortalecer para que voltemos à vida com suas responsabilidades e perigos.

A palavra “tribulações” refere-se a pessoas em lugares apertados, encurraladas num canto e incapazes de sair dessa situação. Veja que estratégia maligna dos exércitos assírios, eles queriam encurralar o povo de Deus, deixarem sem recursos para uma saída. Talvez, você leitor [a] se encontra nessa mesma situação, em que o inimigo quer te encurralar, lhe deixar à mercê de seus ataques. Mas a Palavra de Deus para estas situações é: “Não temas!”. Quando os oficiais assírios ameaçaram Jerusalém, Isaías disse ao rei: “Não temas por causa das palavras que ouviste” (II Rs 19.6). Esta é a palavra de Deus para você. Talvez você não veja o livramento, tudo parece perdido, o inimigo se agiganta, mas ouça a Palavra de Deus – “não temas!” A terra pode mudar, as montanhas podem ser arremessadas violentamente no mar, podem vir terremotos e maremotos, mas todas as coisas estão sob o controle de nosso Deus. Ele é nossa fortaleza e nosso refúgio em meio às incertezas da vida.


2) Deus Está no meio – (Sl 46.4-7)
A cena seguinte mostra Jerusalém, onde o povo encontrava-se sitiado pelo exército assírio. A água era um bem precioso na Palestina, especialmente em Jerusalém, uma das poucas cidades da Antiguidade não construída à beira de um rio. Ezequias havia usado de sabedoria e construído um sistema subterrâneo de abastecimento que ligava os mananciais de Giom, no vale de Cedrom, ao tanque de Siloé, dentro da cidade, de modo que havia água disponível (II Rs 20.20; II Cr 32.30). Que fantástico! Ezequias estava querendo dizer: “Ainda que ele [inimigo] corte nosso suprimento de água, e aí, poderia ser caracterizada a derrota do povo de Jerusalém, Ezequias diz:” Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo”. O poeta sabia que Deus era o seu rio, aquele que supre a água da vida (Sl 36.8; 65.9; 87.7 e Jo 7.37-39). No tempo do rei Acaz, Isaías comparou uma invasão dos assírios a um rio transbordante, mas lembrou o povo que seu Deus era como um rio tranqüilo (Siloé) que lhes traria a paz (Is 8.1-10).

O verso 5 diz: “Deus está no meio dela” – ainda que eles estivessem encurralados, sem saída, o Deus Eterno está no meio dela. Ou seja, ninguém os derrotaria, pois Deus era aquele que comandava tudo!

Sem dúvida, Jerusalém era uma cidade santa, separada por Deus, e que abrigava seu santuário, mas isso não era garantia alguma de vitória (Jr 7.1-8). A fim de que o Senhor os ouvisse e salvasse, o rei e o povo precisavam voltar-se para o Senhor com uma atitude de contrição e fé – foi o que fizeram. Deus socorreu Jerusalém quando o dia amanheceu (“desde antemanhã”; vs 5), pois o Anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios e mandou Senaqueribe de volta para casa (Is 37.36).


3) Deus faz cessar a guerra (Sl 46.8-11) a terceira cena mostra os campos ao redor de Jerusalém, em que os soldados assírios estão mortos, suas armas e equipamentos espalhados e quebrados. Não havia ocorrido batalha alguma, mas o Anjo do Senhor deixara esses vestígios, a fim de estimular a fé do povo de Deus.

“Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na terra” (vs 8). O Senhor derrotou e desarmou seus inimigos e destruiu suas armas, de modo que não podiam mais atacar.

“Aquietai-vos” quer dizer, literalmente: “Não mexam em nada! Descansem!”. Nós gostamos de “mexer em tudo” e de dirigir nossa vida a nossa maneira, mas Deus é Deus, enquanto nós não passamos de servos do Senhor. Pelo fato de Ezequias e de seus líderes terem permitido que Deus fosse Deus, Ele os livrou de seus inimigos. Foi assim que o rei Ezequias orou: “Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor Deus” (II Rs 19.19).

O Senhor chama a si mesmo de “Deus de Jacó”, e lembramos como Jacó meteu-se em apuros em várias ocasiões por tentar intervir nas circunstâncias e fazer o papel de Deus. Há um momento certo para obedecer a Deus e agir, mas até que chegue essa hora, devemos deixar Ele trabalhar livremente, a seu tempo e a seu modo. Em outras palavras, deixe Deus ser Deus em sua vida.



Nele, que É , que Está, e que Faz tudo para a glória Dele



Pr Marcello de Oliveira - davarelohim.com.br



Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Bíblico. Geografia Editora 2006

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Viver em unidade: Uma questão de necessidade. (Salmo 133)

Dado o cenário atual, eu me faço à seguinte pergunta: É possível haver unidade na igreja? A minha resposta é baseada unicamente na Fé: "Para Deus não ha impossíveis." Sim é possível haver unidade na igreja. Mas, não é pelo campo da possibilidade que quero basear essa reflexão, mas, pelo da necessidade. A igreja precisa de unidade? SIM. Desesperadamente. Por quê?


Primeiro ponto: para refletir aquilo que já somos em Cristo Jesus.

"Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em cristo, e membros uns dos outros." Rm. 12:5
"Por que nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão." I Co. 10:17


O fato da igreja passar por tantos problemas nessa área, falta de comunhão, irmão conta irmão, calúnias, e tantas outra coisas, que todos nós sabemos, não muda essa realidade: somos um em Cristo. Portanto temos que evidenciar de forma prática essa bendita realidade.

Segundo ponto: Para que sejamos reconhecidos como discípulos de Jesus. Como seus legítimos representantes.

"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." Jo. 13:35

Sem dúvida alguma foi dessa forma que a igreja primitiva impactou sua geração. Como as pessoas nos indetificarão com Jesus se vivermos tão longe dos seus ensinamentos e do seu modo de vida?

Terceiro e último ponto: Porque essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus: nossa unidade.

"A fim de que todos sejam um; e como Es tu, o Pai, em mim e eu em Ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste." Jo.17:21

Irmãos, para a igreja ter unidade, não é preciso todos pensarem da mesma maneira, ou ter o mesmo ponto de vista teológico, não é preciso os arminianos se transformarem em calvinistas, ou os calvinistas em arminianos. Não é preciso os pentecostais virarem tradicionais, nem tão pouco os tradicionais se tornarem pentecostais...
É preciso sim, termos a consciência que somos um, que somos corpo de Cristo, irmãos de fato. O amor e o respeito ao próximo é a chave de tudo isso.

O salmo 133 sintetiza muito bem toda essa compreensão vejamos:

"Oh! Como e bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. E como o orvalho do Hermom, que desce sobre o monte de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bençao e a vida para sempre."


Para um povo tão ligado as suas tradições religiosas e que valorizavam todo símbolo ligado a ela, você pode imaginar o que significava o momento da consagração de um sacerdote, o momento em que sua cabeça era ungida com óleo, posso lhe garantir que era algo extremamente importante; assim como também o era o "orvalho do Hermom" em uma terra de poucas chuvas, esse orvalho era sinônimo de provisão, de boa colheita. Pois bem, tão importante quanto à unção de um sacerdote ou da bendita provisão do Hermom: É que os irmãos vivam em união.

Existem muitas coisas importantes na vida da igreja, mas, nenhuma delas é mais importante que a unidade da igreja, nenhuma é mais importante que a comunhão entre os irmãos. E por fim, nesse ambiente de unidade e comunhão, o Senhor ordena ali sua bênção e a vida para sempre.
Queridos irmãos, não devemos nos apegar as coisas que nos separam, que nos fazem estar longe, mas, as coisas que nos unem, e a maior delas é o próprio Jesus, nosso único e suficiente salvador. Somos um nele, somos filhos de Deus, somos irmãos.


Viver em unidade é uma questão de necessidade.

No amor do Pai,
Marcos Paulo Correia.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...